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O Zeppelin que caiu na Ilha do Farol

by Rio Guide, travel portal

Arraial do Cabo é uma cidade da Região do Lagos no Rio de Janeiro, famosa por conta de suas praias diferenciadas. Ainda assim, muitas pessoas não sabem que eventos históricos curiosos já ocorreram por lá. O Zeppelin que caiu na Ilha do Farol é uma dessas histórias curiosas. Esse dirigível norte americano caiu na Ilha do Farol durante a Segunda Guerra Mundial, o assunto é tão complexo que virou até livro. Vamos conhecer essa história!

Característica do Zeppelin que caiu na Ilha do Farol

      O dirigível é mais leve do que um avião e tem o formato de um charuto, assim como o balão ele precisa de gás para flutuar. Entretanto, ao contrário dos balões, os dirigíveis, como o Zeppelin que caiu na Ilha do Farol, precisam de um motor propulsor e leme para “dirigir”. Já o nome Zeppelin, como ficaram conhecidos os dirigíveis, se deu graças ao conde alemão Ferdinand Graf von Zeppelin. Ele era dono de uma empresa que construía dirigíveis e forneceu muitos aos norte-americanos durante a guerra. 

      A saber, o dirigível ou também conhecido como Zeppelin caiu a ilha do Farol no dia 17 de janeiro de 1944. Ele pertencia aos EUA estava saindo da Bahia em direção a base de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O mesmo estava realizando uma caça de submarinos alemães. Ao todo, o território brasileiro recebeu a visita de 4 dirigíveis americanos com a mesma intenção. 

Santos Dumont e o Brasil na dianteira da aviação

      Só para ilustrar, antes de conseguir montar uma nave completa, o pai da aviação e brasileiro, Alberto Santos Dumont, construiu 13 dirigíveis, abrinso caminho para outros famosos balões como o de Graf Zeppelin. Em 1898, Santos Dumont construiu o primeiro dirigível. Já em 1900, Graf Zeppelin construiu o primeiro dirigível rígido, no modelo Zeppelin.

      Todavia, em 1901, Santos Dumont ganhou um prêmio por conseguir pela primeira vez e mais rápido dar a volta na Torre Eiffel em Paris. Já em 1919, um dirigível britânico conseguiu fazer a travessia no Oceano Atlântico, desta forma, a partir de 1921 os dirigíveis começaram a se popularizar e por isso alguns desastres acabaram acontecendo, como o zeppelin que caiu na Ilha do Farol, o que levou mais a frente ao desenvolvimento do avião.

Arraial do Cabo entrando no mapa mundial após o Zeppelin que caiu na Ilha do Farol

      Por falar em desastre com dirigíveis, um deles ocorreu na cidade praiana de Arraial do Cabo, em 1944 em meio ao caos da Segunda Guerra Mundial, um Zeppelin caiu na Ilha do Farol. As 2 horas da manhã o piloto Joe Bartoff disse que uma montanha que não estava no mapa e envolta em grande neblina surgiu em sua frente e não houve a possibilidade de desviar. O dirigível foi totalmente destruído no impacto. 

      No entanto, nesse período a ilha era a moradia dos pescadores, não tinha energia elétrica e nem hospital. Os pescadores, escutaram o estrondo e subiram o morro para ver o que tinha acontecido. Ao chegarem se deparam com a tragédia e assim ajudaram os tripulantes. Joe afirma que um médico local os colocou em um barco e levou os feridos a um hospital na cidade. A história do Zeppelin que caiu na Ilha do Farol ficou esquecida por 75 anos, mas em 2017, depois de anos de pesquisa, Leandro Miranda lançou um livro dedicado a ela. 

Leandro Miranda e seu livro 

         Finalmente, depois do esquecimento e ficando marcada apenas no imaginário dos moradores mais antigos, o Zeppelin que caiu na Ilha do Farol teve sua história contada por Leandro Miranda. Segundo ele, seu avô ajudou na retirada dos destroços o que causou tamanho interesse na histótia. Além disso, o acidente não recebeu a devida atenção dos governos brasileiros e norte americanos, desta forma, Leandro precisou entrevistar veteranos da Segunda Guerra e assim descobrir mais sobre o acidente. Em destaque, o baterista da banda Paralamas do Sucesso, João Barone, o co-piloto Richard Widdicombe e o piloto Joe Bartoff.

       Embora tenha sido tratado como um acidente sem gravidade já que dos 10 tripulantes somente 2 se machucaram, o co-piloto afirma que os ferimentos foram gravíssimos, um rasgou o pé e o outro sofreu um corte sério na cabeça. O chamado Zeppelin na verdade era um Blimp no modelo K-36 com 76 metros de comprimento. Esse dirigível menor era usado pelos EUA para evitar que submarinos alemães bombardeassem navios cargueiros.

    Desta forma, “K-36 o Zeppelin que caiu no cabo” é um livro extremamente inovador! Nos mostra um outro lado da cidade de Arraial do Cabo. Depois de ganhar o prêmio Cora Coralina de Literatura a história chamou ainda mais atenção.

Agência de turismo: Rio 40 Graus Turismo

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